Trabalhos Publicados

sábado, 16 de outubro de 2010

Pedimos desculpas aos blogueiros pelas postagens que desapareceram misteriosamente comprometendo as discussões, mas daremos continuidade às discussões que se iniciaram alguns dias atrás.

Os pontos mais abordados em nossas discussões foram:
  • Despreparo do professor;
  • A falta de técnicas para ensinar os deficientes visuais;
  • A falta de recursos nas Instituições;
A princípio, devemos entender melhor a deficiência visual. O deficiente não a porta, pois ele não vai deixar de ser deficiente na hora que ele quer. Então, é consenso na comunidade científica não utilizar mais o termo portador de deficiência. A deficiência visual pode ser classificada como Deficiência visual Congênita e Deficiência visual Adquirida. A Deficiência visual Congênita é adquirida na vida intra-uterina e a Deficiência visual Congênita, por sua vez, é adquirida após o nascimento e ao longo da vida.
O deficiente visual não é apenas aquela pessoa que não enxerga totalmente, mas é também aquele que tem baixa visão e necessite de alguns recursos adaptados tais como lupa ou letras maiores.

Retomando algumas postagens, acredito que o maior anseio dos professores já em exercício e dos professores em formação, é como ensinar a química aos deficientes visuais, já que a maioria das instituições não oferece recursos adequados para que o professor exerça sua prática de ensino. Como disse a Cláudia, Lalu e o Thiago, o professor deveria conhecer as necessidades específicas dos diferentes grupos sociais presentes na sala de aula. Mas a responsabilidade não é apenas das Instituições, mas do interesse dos docentes em se preparar para o hoje, uma vez que a inclusão é realidade dada, já que esta deve atender a realidade de cada um que compõe a sala de aula. O processo da Educação Inclusiva, como o Carlos apresentou, deve atender todas as pessoas, independente de sua identidade cultural e/ou tipo de deficiência sensorial, motora e cognitiva.

Alguns relatos foram feitos pelos professores aqui em nossas discussões e pudemos observar o interesse de seus alunos com deficiência visual ao aprender à química quando esta é trabalhada de forma adequada e que atenda, individualmente, a necessidade de cada um. Quando a pessoa possui uma deficiência, ela aguça outros sentidos que podem facilitar de alguma forma o entendimento químico.

Ai vai uma dica sobre alguns instrumentos da ação mediada que podem colaborar para o ensino de química para DVs, segundo a comunidade científica e alguns blogueiros:
  • Livros didáticos em Braille;
  • Livros áudio;
  • Vídeos;
  • Para algumas pessoas que possuem visão parcial, é necessário cores mais fortes e material com tamanho diferenciado;
  • Promover a ambientalização do aluno no laboratório para que ele conheça através do tato os diversos materiais e vidrarias comuns do laboratório;
  • Para que o aluno entenda distribuição eletrônica e, conseqüentemente, encontre o elemento químico, é necessário desenvolver 3 réguas de resina em cristal: uma régua com distribuição de Linus Pauling de forma linear que facilite a localização dos subníveis e camada de valência. Em seguida, uma régua acoplada à outra, uma Tabela Periódica em Braille para que o aluno encontre o símbolo do elemento químico;
  • Para que o aluno entenda as estruturas tridimensionais ou em alto relevo é necessário que tenham tamanhos diferenciados e texturas variadas;
  • Para identificação de algum material, legendas em Braille para que o aluno possa saber os nomes das estruturas;
  • Ao ensinar pilhas (utilizando o limão como um meio alternativo), o deficiente visual saberá que a lâmpada acendeu pelo tato, pois esta, quando acende, é aquecida;
E ai ? O que vocês acharam?? Gostaram das dicas?? Consideram a retrospectiva adequada?

domingo, 11 de abril de 2010

LPEQI/Ensino de química na diversidade.

Um pouco da história do LEPQI...

O LPEQI (Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão) é composto por Professores formadores, alunos de pós-graduação e de graduação da Universidade Federal de Goiás e, estão sob a orientação da Profª Drª Anna Maria Canavarro Benite.
Considerando que a cidadania se refere à participação efetiva dos indivíduos, tenham eles necessidades educativas especiais ou não, em todas as esferas da sociedade, torna-se evidente a necessidade do ensino de ciências. Deve-se ensinar Ciências para permitir ao cidadão ser protagonista do mundo que vive.
Entendendo também que política de inclusão escolar tem como objetivo a promoção da “educação para todos” e que, na escola todos são atores, mas os professores são atores de “primeira ordem”, temos a concepção de que se devem intensificar os esforços para que lhes seja garantida a formação necessária ao exercício da profissão docente.
Assim, não apenas o professor em formação deve ser contemplado, mas aqueles que já está em exercício, pois há necessidade de ações que se estendam também a esses profissionais, propiciando - lhes situações de análise e reflexão sobre suas próprias condições de trabalho e vivências, permitindo - lhes estabelecer relações entre a sua ação pedagógica e os pressupostos teóricos que estão subjacentes a ela.
Nesta perspectiva e sobre os pressupostos do Materialismo Histórico Dialético institui-se o LPEQI, como agente pesquisa, reflexão e transformação da sociedade. Sendo assim, este blog se constitui como uma janela para exposição dos trabalhos e iniciativas deste grupo, e também fonte de conhecimento para àqueles que desejam melhor entender o ensino de ciências dentro da perspectiva da Inclusão.